Com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, o Grafite das Minas é um projeto que propõe simultaneamente a iniciação de alunas do ensino médio à arte urbana do graffiti ao mesmo tempo em que valoriza mulheres profissionais por meio de uma exposição de suas obras.
No Distrito Federal, as grafiteiras sobem os andaimes e desenham suas identidades e histórias em participações públicas garantidas por cotas de 30% (ainda sem paridade de gênero). É nitidamente urgente que surjam projetos formativos só para meninas e tragam as mulheres profissionais para a visibilidade. É dessa inquietação que nasce o Grafite das Minas. Esse empoderamento artístico proposto pelo projeto se alia a luta das mulheres por respeito e espaço. Os dados sobre violência sexual e abuso familiar e feminicídio são assustadores no DF e no Brasil. A linguagem da arte tem o poder de envolver essa dura realidade com a expressão pela vida.
No primeiro bloco de ação, será realizada Oficina de Introdução ao Grafite de 20 horas em três cidades do Distrito Federal (Samambaia, Ceilândia e Taguatinga) com o objetivo de iniciar a arte do grafite a 20 alunas de 15 a 18 anos de cada região.
Conduzida por uma profissional grafiteira, Lua Nzinga, com importante contribuição para a arte urbana da cidade, as três oficinas vão formar 60 alunas, proporcionando assim que esse seja um primeiro passo para o trajeto profissional de cada uma.
No segundo bloco de ação, o projeto abre seleção de oito grafiteiras profissionais para exposição de suas obras a partir de um chamamento público. Grupo de três grafiteiras profissionais foi convidado para compor a curadoria e na seleção as candidatas devem enviar um desenho proposto para grafite em busto de manequim feminina de vitrine.
O projeto é proposto por Astaruth Lira, artista visual PCD e arte-educadora e tem produção da Criaturas Alaranjadas Comunicação e Arte e apoio do Instituto Cidade Céu de Arte, Educação e Cultura.